Um dos mais populosos bairros da Ilha,
o Maracajá surgiu nos primórdios do século XX, como expansão natural da Vila do
Mosqueiro para o interior motivado pela necessidade de ocupação habitacional. A
área onde o bairro começou era conhecida como Umarizal, evidentemente uma
referência à grande quantidade do fruto comestível umari. Esse nome ainda era
lembrado na década de 70 pela existência de uma casa comercial assim chamada,
em cujo local seria construída, mais tarde, a quadra de esportes da Escola
Honorato Filgueiras. Sua atual denominação, que também designa a principal
artéria do bairro (Travessa Maracajá), originou-se de um felino muito comum
naquela área da Ilha; recoberta, na época, por densa mata: o gato maracajá.
O bairro do Maracajá
limita-se a oeste pela Rua Padre Manuel Rayol (5ª. Rua), ao norte pelo
prolongamento da Travessa Pratiquara, a leste pelo Parque Ambiental da Ilha do
Mosqueiro e rio Pratiquara (lugar de peixe miúdo) e ao sul pela baía de Santo
Antônio. Além da área urbanizada, existe ainda uma grande faixa de terra firme
e, margeando o rio Pratiquara e a baía de Santo Antônio, encontra-se uma
extensa mata ciliar onde predominam espécies de mangue, o que demonstra a
necessidade de sua preservação, por ser uma das áreas mais frágeis da Ilha. Paralelas ao rio Pará e seguindo o
sentido oeste-leste, foram surgindo as ruas Francisco Xavier Cardoso (6ª. Rua),
homenageando antigo professor do Grupo Escolar do Mosqueiro; Francisco Xavier
da Veiga Cabral (7ª. Rua), lembrando o Cabralzinho, o Bravo do Amapá, um dos
heróis brasileiros na Guerra do Paraguai; João Tocantins Pena (8ª. Rua), recordando
o nome do fazendeiro marajoara que foi o proprietário do primeiro Matadouro de
gado bovino da Ilha do Mosqueiro; e Rua Tiradentes (9ª. Rua), homenagem ao
Mártir da Independência. Perpendiculares ao rio estão a Travessa Pratiquara
(lugar de peixe miúdo), lembrando o rio de mesmo nome; a Travessa Siqueira
Mendes (a mais movimentada), para homenagear o Cônego que transformou a Ilha em
Freguesia do Mosqueiro; a Travessa Maracajá (a mais importante do bairro). Entre
as Passagens, destaca-se a Passagem Padre Eduardo, homenagem ao Padre Edward
James Hasker, pároco da Ilha que faleceu em acidente automobilístico e está
sepultado na Igreja Matriz.
É neste espaço urbano que se localiza
nossa Instituição de Ensino, uma das mais tradicionais e antigas da Ilha do
Mosqueiro, a EEEFM Honorato Filgueiras, situada na rua mais movimentada do
Bairro do Maracajá, a travessa Siqueira Mendes. Por ser uma rua muito
movimentada, com maior extensão cortando o bairro de norte a sul, possui os
melhores serviços sociais oferecidos à população como: Uma Creche Municipal, um
Posto de Saúde, uma escola da Rede Estadual e uma escola da Rede Municipal, ambas
com quadra coberta três Igrejas evangélicas, um Clube Social “Parazinho”, três
escolas de educação infantil da rede privada de ensino, duas escolas de samba,
uma feira coberta, uma emissora de rádio FM, comércios, um campo de futebol e o
famoso porto do Pelé, por onde são transportados os habitantes do interior da
Ilha, e produção de alimentos produzidos
por seus nativos. Esses espaços se bem aproveitados, poderiam se tornaram um único espaço. A escola reelaborando seu
Projeto Político e Pedagógico poderia abrir-se ainda mais para a comunidade,
derrubando tanto os muros de concretos quanto os invisíveis, fazendo com que a
comunidade se apropriasse de todos os espaços que a cercam. Além disso, os
outros espaços que compõem o bairro também se tornaram educativos,
descentralizando o processo de aprendizagem na figura unicamente da escola.
Concomitantemente, a escola poderia melhorar ainda mais seus índices sociais e diminuir
a violência no bairro.
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